"Dediquem-se à oração, estejam alerta e sejam agradecidos".
Colossenses 4:2
Oração é uma palavra que faz parte do vocabulário cristão-evangélico. Para toda e qualquer situação enfrentada vem sempre a consciência de que somente por meio da oração é que podemos obter êxito. Sua necessidade é incontestável. Mas, e a sua prática? É uma realidade perceptível na vida de muitos?
O abismo que há entre a consciência da necessidade da oração e a prática da oração é o grande obstáculo que tem impedido muitos de desfrutar dos benefícios que ela proporciona. Muitos são os fatores que guerreiam contra nós para a prática da oração: o cansaço, a preguiça, o ativismo, as distrações, a televisão, a internet, as leituras, a displicência, a religiosidade, etc. Enfim, vários são os concorrentes que se levantam na vida de uma pessoa a fim de impedi-la de orar.
Sabemos que a oração é um dos pilares principais e fundamentais de uma vida devocional sadia e prazerosa. E como prática de uma espiritualidade equilibrada e eficaz, ela requer muita disciplina da parte daqueles que desejam praticá-la.
E é na questão da disciplina que muitos cristãos tem sido reprovados no que diz respeito a uma vida de oração satisfatória. Não é fácil cultivar hábitos bons e sadios; eles requerem muita disposição, persistência e objetividade de nossa parte. Fazer da oração uma disciplina espiritual requer o mesmo de nós. E quando nos lançamos a isso, desfrutamos de seus benefícios.
E vários são os benefícios que a oração pode nos trazer. Desde uma resposta positiva a um pedido que vínhamos fazendo, até as portas abertas de uma situação aparentemente impossível; a oração nos proporciona a possibilidade do agir sobrenatural de Deus em nossas vidas. Porém, dentre tantos benefícios que podemos experimentar, creio que o maior de todos é a capacidade de sermos transformados mediante a oração. Sim, uma transformação profunda e relevante que acontece nos bastidores de nosso mundo interior e que reflete na dinâmica dos relacionamentos e contatos exteriores.
É na oração que temos contato direto com o Deus Vivo que, pela natureza de Seu Ser e caráter, nos influencia a uma mudança radical em nós mesmos. É na oração que temos a possibilidade de experimentar do derramar e do fluir da vida divina que transborda para outros. É na oração que entramos na experiência "mística" do contato com o divino; contato este que deixa uma marca indelével em nós: o Seu próprio caráter.
Assim, se deixamos de orar inviabilizamos a nossa própria transformação; impedimos que a natureza divina seja mesclada com a nossa essência, e perpetuamos o caráter do velho homem em nós; caráter este que é administrado por uma mentalidade mundana e carnal.
Precisamos orar para sermos transformados em nossa espiritualidade. Precisamos orar para sermos transformados em nosso casamento. Precisamos orar para sermos transformados na administração de nossos bens e recursos. Precisamos orar para sermos transformados em nosso relacionamento familiar. Enfim, precisamos orar para sermos profundamente transformados em áreas da nossa vida que estão sob a regência do mundo, do pecado ou do diabo. É, portanto, na oração, que temos a possibilidade de abrirmos nossa mente para a transição da Palavra.
Quem deseja transformação precisa aprender a cultivar a oração. Sem ela, continuamos os mesmos e ainda inviabilizamos o projeto divino de nos tornar semelhantes a Jesus (que muito orava) na expressão viva do Reino de Deus na terra.
Pr Anderson Resende
